dez
31
2017
56ª Expedição (Passa Vinte)
Por:
Sem categoria
Atividade: 56ª Expedição EGJ (Passa Vinte)
Cavidade: Caverna Pedra Branca
Município: Apiaí
Data: 18,19 e 20/11/2017 (Consciência Negra)
Viagem de ida: Saída 08:10 h  18/11/2017
Chegada 14:50 h
Viagem de volta: Saída 16:30 h  20/11/2017
Chegada 23:10 h
Grupo: Alexandre Vaccaro Rodrigues, André Vaccaro Rodrigues e
Mauro de Oliveira Neto
Veículos: Sportage (Mauro)
Objetivos: Troca de mosquetão e corda na chaminé que leva ao 5º nível da caverna,
troca  da corda da travessia horizontal pela borda do poço do Salão  Nor-
destino, instalação de mais um spit para o lance de descida do novo abis-
mo após o Salão Nordestino e continuação do mapeamento.
Tempo de atividade: Mapeamento –      4:00 horas
Equipagem    –      1:40 hora

Relato:
18/11/2017, dia de finalmente retornarmos à caverna Pedra Branca, sendo que a última expedição realizada para lá, foi a quase exato um ano, em 12/11/2016.
8:10 h conseguimos iniciar a viagem rumo a Apiaí!!!!
Após o longo e velho conhecido trajeto, era chegada a hora de deixarmos o conforto do veículo e iniciar a trilha que nos levaria até o fundo do vale do ribeirão Pedra Branca.
Por volta de 16:00 h, mochila nas costas, aproximadamente 22 Kg de carga, com o tempo nublado, iniciamos a nossa caminhada.
A maior parte do percurso fizemos debaixo de chuva moderada, o que tornou a trilha ainda mais pesada, também devido a carga que carregávamos, exigindo mais cuidados, mas tudo correu perfeitamente, como sempre, graças ao paizão!!!!
Foi a primeira expedição do André, que estreou em grande estilo, já encarando uma trilha pesada.
Ainda com a luz do dia, às 17:50 h chegamos na boca da caverna, e mais uma vez nos surpreendemos com as mudanças na paisagem, os grandes troncos que estavam sobre a piscina natural, defronte a caverna, foram removidos pela força das águas.
Fizemos a travessia, removemos os equipamentos afixados do lado de fora da mochila e realizamos a verificação de rotina, antes de definitivamente adentrarmos a caverna. Daí para frente era só organizar todo o acampamento, preparar o rango e cair para dentro do saco de dormir, afinal foi um longo dia!!!!
Às 22:00 h apagaram-se as lanternas.

19/11/2017, alvorada às 6:00 h.
Contrariando as previsões, o dia amanheceu ensolarado, mas para eu e o André, isso não faria muita diferença.
Tínhamos em mente alguns objetivos para cumprir, dentre eles, a troca da ancoragem e da corda que leva ao quinto nível da Pedra Branca, a troca da corda da travessia horizontal pela borda do poço sobre o Salão Nordestino, afinal estes equipamentos já estão lá há anos; a melhoria da equipagem para a descida do novo abismo, após o Salão Nordestino, e dar continuidade ao mapeamento a partir da base “25”, posicionada logo após o acesso do referido salão.
Óbvio que o tempo não seria suficiente para todos esses objetivos, haja visto que a equipe era pequena, além e principalmente em função de todos os obstáculos, já velhos conhecidos nesta cavidade.
Definimos que avançaríamos os três, André, Mauro e Vaccaro, até a fenda, que seria o ponto final para a ajuda do Vacca no deslocamento com todo o equipamento, sendo que dali ele retornaria e permaneceria no apoio, com certeza, tão importante quanto estar conosco caverna adentro!!!!
10:00 h zarpamos para o interior da caverna.
Só a passagem pela fenda, desta vez também pela parte superior, evitando a água, com as três mochilas de ataque, nos custaram quarenta minutos.
Por ser a primeira participação em uma atividade deste nível, em uma expedição de fato, o André mandou muito bem, não se intimidando com os obstáculos, certamente por sua boa formação, associada ao bom volume de treinos preparatórios de vertical, realizados visando principalmente a expedição, assim como pelas diversas investidas para as grutas próximas, ainda em Jundiaí.
14:00 h, já sobre a última base topográfica plantada naqueles cafundós da caverna, antes de iniciarmos a topografia, era necessário fazer a checagem do encordamento horizontal que permite fazer a travessia pela borda do poço sobre o Salão Nordestino, devido ao longo tempo que se encontra instalado.
Fui e voltei, tudo certo, e por incrível que possa parecer, pelos anos decorridos, as ancoragens encontram-se em perfeitas condições.
Iniciamos o mapeamento, avançamos quanto pudemos, mas ficamos limitados à borda do novo abismo, pois para prosseguir, teríamos que fixar mais um spit, para melhorar a equipagem, para a que seria a segunda descida neste ponto da P. B., então optamos por encerrar a topografia, com a conclusão do croqui, e as 19:00 h começamos a retornar.

Croqui de parte do mapeamento realizado

As lembranças da única estada lá embaixo, neste novo trecho da cavidade, que aconteceu na 32ª Expedição, com extensa atividade, realizada de 15 a 20 de Novembro de 2012, a cinco anos  atrás portanto, deixa uma grande expectativa por podermos estar lá novamente, principalmente pela possibilidade de podermos encontrar uma continuação, mas infelizmente isso ficou para a próxima investida.


Equipe que participou da 32ª Expedição EGJ – 16/11/2012

A pergunta que não quer calar, é se há uma continuação de fato, a partir deste ponto? Não faz sentido não ter, o salão lá embaixo tem dimensões consideráveis, assim como o desnível é igualmente considerável, o que alimenta a esperança de que haja um conduto, uma galeria superior, alguma coisa que justifique a formação deste grande vazio neste ponto mais profundo da caverna!!!!
Já retornando, atingirmos a chaminé, efetuamos a troca do mosquetão, que sofreu alguma oxidação, e pelo tempo que permaneceu na caverna, imaginávamos que estivesse em pior estado; e a troca da corda, que estava tomada por lama, o que poupou os equipamentos de um desgaste maior, segurança renovada!!!!
22:35 h estávamos de volta ao acampamento, com um apetitoso rango já pronto, partimos para o rio para um merecido banho, jantamos e trocamos idéias, e as 00:20 h, encerramos as atividades, hora de dormir.

20/11/2017, alvorada às 8:20 h.
Seria mais um dia de muita atividade, lavamos toda a louça, as cordas, e fizemos um inventário de todo equipamento utilizado na Pedra Branca, e para finalizar, levantamos acampamento, efetuando a montagem das mochilas.
13:25 h iniciamos o nosso retorno, encarando a trilha inicialmente tranqüila, seguindo o nível do fundo do vale, e que logo mais se tornaria íngreme e pesada, devido às chuvas, que por sorte neste dia não estava caindo.
Após 2:15 horas de caminhada, finalizamos o percurso chegando no veículo, para às 16:30 h, iniciar a viagem de retorno, que terminaria por volta das 23:10 h.
Gratificante termos estado lá novamente e tido boa parte dos objetivos alcançados, mas ainda resta muito trabalho a ser feito, estímulo e motivo de sobra para a próxima expedição.
Graças ao bom DEUS, mais uma expedição bem sucedida!!!!
Que venha a 57ª!!!!

Mauro de Oliveira Neto

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